“Uma relação de dependência se estabelece quando há um investimento desproporcional do sujeito sobre um objeto específico (a coisa, o outro, a droga licita ou ilícita ), de tal forma que, esse envolvimento prejudique a participação em outras esferas da vida do sujeito (laboral, afetiva, social) ” (p. 2) (MORGADO, 1985). Partindo desse conceito, pesquisamos os primeiros modelos etiológicos da dependência química, tais como: O modelo moral, a primeira tentativa da sociedade contemporânea de entender e controlar o uso de substancias psicoativas. O modelo da temperança, onde o beber excessivo não era um pecado, mas um hábito a ser desaprendido. O modelo da degenerescência neurológica, conceito que enfatizava sobretudo as alterações clínicas decorrentes do uso prolongado de substâncias químicas psicoativas. O colapso dos modelos iniciais e seus desdobramentos contemporâneos: O modelo de aconselhamento confortativo, com raízes no modelo moralista. O método propunha vida comunitária rigidamente hierarquizada entre os dependentes, utilizando-se da terapia denominada “choque”. Os modelos biológicos, parte do aspecto orgânico na tentativa de explicar as alterações físicas e psíquicas da dependência química. Os modelos psicológicos focados nos indivíduos, bem como nos processos que os conduziram ao consumo desregrado de substâncias psicoativas. Também, os Modelos sociais, a terapia cognitivo-comportamental e outras técnicas desenvolvidas a partir desse referencial teórico. Também, os modelos espirituais como uma característica única e responsável pela ligação do indivíduo com o universo e com os outros. E o modelo de saúde pública correlacionando a interação entre sujeito, ambiente e substancia psicoativa para explicar a dependência. Finalizando com o modelo denominado ecletismo informado. Reunindo os fatores biológicos, psicológicos, sociais e da própria substancia envolvidos na gênese do uso indevido de drogas. De todos os trabalhos analisados até o momento, é o mais bem elaborado e organizado, com todas as fontes de pesquisas e citações, essencial, necessária para um bom aprofundamento no assunto sobre a etiologia das dependências psicoativas.
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