A Licitude do Álcool

Um desabafo: O Alcoolismo é uma doença e não tem cura, mas pode ser administrada se tratada.
Vencer o alcoolismo é uma árdua tarefa que exige muita informação, força, fé, foco e engajamento de toda família

O álcool é a pior de todas as drogas por dois motivos: é lícita e a dependência só se apresenta a longo prazo – diferente de outros tipos de drogas.

A licitude do álcool é o ilegítimo direito de destruir famílias, lares, a sociedade e a nação através da necessidade de aceitação de grupo disseminado pela indústria da morte permitida.

A mente, o coração e a fé.

A Mente, o Coração e a Fé.

Era uma vez um intelectual. Era metódico e organizado. Ele pesquisava coisas, lia muito, ia a congressos e também proferia palestras. Era dono de uma vasta biblioteca e lia muitas horas por dia. Debatia idéias que considerava avançadas com seu grupo de amigos, que também considerava seleto. Orgulhava-se e se envaidecia muito de sua mente e de seu grupo “brilhante”.
Escrevia seus livros grossos e rebuscava o mais que podia em seus jargões, pois com isto criava uma sensação de estar mais elevado e superior ao resto das massas, que considerava uma escória de incautos. Como ele desejava cada vez mais investir em seus atributos mentais, cada vez mais reprimiu suas emoções e sentimentos, acreditando que isto o tornaria mais inteligente e intelectualizado.
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Era uma vez um sentimental. Adorava improvisar e era desorganizado. Ele era afetivo, sensível e exímio poeta. Adora as artes. Ele pesquisava, mas lia muito por prazer e satisfação e até participava de saraus onde recitava suas belas poesias. Era dono de uma vasta biblioteca onde predominavam as poesias, filosofia e belas histórias de ficção, do pensamento e do sentimento humano.
Participava de encontros com outros poetas amigos onde além de demonstrarem suas poesias e teorias, também debatiam filosofia. Orgulhava-se e envaidecia-se de seus sentimentos “elevados” e de seu grupo “brilhante”.
Escrevia longas poesias e rebuscava nos mecanismos da retórica em suas analogias e hipérboles, pois com isto criava uma sensação de estar mais elevado e superior ao resto das massas, que considerava um grupo de “cascas grossas” ou insensíveis. Como ele desejava cada vez mais investir em sua inspiração e intuição, cada vez mais evitou o tecnicismo desenvolvendo até certa preguiça mental.
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Era uma vez um místico. Não era metódico, era desorganizado em geral, mas disciplinado em sua fé. Ele só lia seus livros sagrados e seus tomos esotéricos, só se encontrava e era afável a quem comungava exatamente a mesma crença e linha de pensamento. Não lia nada além de sua crença e não escrevia absolutamente nada. Era muito disciplinado em seus rituais, práticas e sistemas, onde jamais falhava e era fiel aos critérios de suas orações, dogmas e mantras.
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Cada um dos três tipos ressequiu na ignorância de si mesmo. Ressequiram na vaidade, no orgulho e no egoísmo de si mesmos. Cada um vivenciou um tipo de ciência, “doutrina” e um tipo de fé. Cada um negligenciou vários atributos conscienciais que existem para abençoar suas vidas e premiar sua evolução.
Decerto, há vários tipos de intelectualidade, de sentimentos, de emocionalismos, de sistemas e de fé. Mas decerto, cada um é incompleto em si mesmo. Cada um precisa dos demais atributos. O caminho do plano mental (intelectualismo) isolado resseca os sentimentos criando rachaduras na alma, criando uma falsa sensação de poder, que distorce e amplifica a vaidade.
É como uma poderosa ferramenta usada sem critério por gente destreinada. É como uma arma poderosa na mão de quem deveria defender os outros, mas protege apenas a si e seu grupo, isolando-se dos demais numa redoma grupuscular de vidro.
O caminho do sentimental (plano astral, corpo das emoções – afetividade) isolado resseca o discernimento, o juízo, a razão e a visão de conjunto tornando o indivíduo egoísta e quando é o caso, vaidoso de suas obras e de seu grupo.
O caminho da fé sem razão (sem o mental) e sem sentimento (o emocional) torna o indivíduo um verdadeiro incauto e fanático. Não sente empatia com outros e passa longe da razão alimentando a cegueira de sua fé.
Um bom leitor deve ler de tudo – universalismo cultural.
Um bom escritor deve escrever de tudo – universalismo comunicativo.
Um bom espiritualista (místico) deve navegar bem em todas as linhas de pensamento – universalismo puro ou holossomático.
Contemos vários potenciais, vários atributos, várias ferramentas num holossoma complexo, onde nenhuma parte deve ser negligenciada: saúde evolutiva integral.
Procuremos desenvolver bem todos os nossos atributos conscienciais. Uns preferem as poesias, outros os artigos e outros apenas livros sagrados ou rituais. Devem ser respeitados, porém os que desejam tentar os caminhos dos sábios devem abrir a mente, o coração e a “fé” – [ciência / neociência / paraciência]; [filosofia / pensamento / abstração]; [religião / espiritualidade / intuição / metafísica / não-materialismo].
O holossoma é o conjunto de veículos de manifestação da consciência: corpo físico, corpo astral e corpo mental. Devemos aprender a trabalhar com estes três corpos e também com o corpo energético (energossoma ou duplo etérico).
Há quem sinta, mas não pense.
Há quem pense ou seja parapsíquico, mas não sinta.
Há quem crê, mas não pensa e nem sente.
Melhor fazer os três: pensar, sentir e “crer”. E também agir, para que a inércia não nos domine e a ressequidão da alma não nos atinja.

Ser Humano Complexo

Aqui o indivíduo é visto de uma forma biopsicossocial (físico, mental, social) humanística e não fragmentada, pouco observado nos modelos atuais. Onde os melhores resultados são obtidos, em raras instituições, através de tratamento que utilizam uma equipe de atendimento multidisciplinar. No entanto, o acesso a este nível de atendimento fica restrito a uma pequena minoria, quase nada, da nossa sociedade.

“Tem sido dito que todos nós temos três personalidades: 1 – Aquilo que julgamos ser, 2 – Aquilo que queremos que os outros acreditem que somos e 3 – Aquilo que realmente somos. Na verdade, somos uma combinação das três. Nossas energias morais e éticas são traços que vêm sendo forjados desde a mais tenra infância até o presente. Se hoje elas estão consolidadas ou não, depende de nosso modo de pensar, assim como do que pensam os outros de nós, e da realidade de nossa natureza.”

Inteligência Racional , Inteligência Emocional , Inteligência Espiritual.

“Tomando como base suas atitudes e seu comportamento atuais, você está em paz consigo mesmo, com as outras pessoas e com o Deus do seu coração? (Deus: da forma em que você o concebe).

Essa pergunta contém as três condições fundamentais para que você ou qualquer pessoa alcance o sucesso e a felicidade?

* Estar em paz consigo mesmo.

* Estar em paz com as outras pessoas.

* Estar em paz com o Deus do seu coração.

Pode acontecer que a resposta de algumas pessoas tenha sido “não” . É algo para refletir, porque , neste caso, há grande probabilidade de que os sentimento e emoções mais constantes dessas pessoas sejam de:

Angústia – Solidão – Ansiedade – Medo – Depressão – Insegurança – Tristeza – Pessimismo – Melancolia – Rejeição – Raiva – Descrença – Ressentimento – Irritação – Inveja – Impaciência – Mágoa – Desconfiança – Revanchismo – Incertezas.

“Tomada por tais sentimentos, é pouco provável que uma pessoa consiga manter relações saudáveis na vida e com a vida e o mundo. E, assim, não conseguirá atingir a paz interior, único caminho para se chegar ao sucesso e à felicidade verdadeira?”

Quando começamos a procurar a solução para muitos de nossos problemas, muitas vezes as respostas era que o problema era: Físico, Mental e Espiritual, e que a solução partiria do princípio do entendimento do que seria este Eu: Racional, Emocional, Espiritual:

COMPARATIVO PRÁTICO DOS OBJETIVOS, MOTIVAÇÕES E EFEITOS NO USO DE CADA UMA DAS TRÊS INTELIGENCIAS:

RACIONAL
EMOCIONAL
ESPIRITUAL
Corpo
Mente
Alma
Físico
Mental
Espiritual
Ter
Ser
Compartilhar
Razão
Emoção
Espirito
Sociedade
Cumplicidade
Fraternidade
Equipe
Indivíduo
Universo
Cálculo
Sentimento
Intuição
Remuneração
Motivação
Felicidade
Conveniência
Prazer
Convicção
Vantagem
Realização
Paz Interior
Controle
Poder
Solidariedade
Investimento
Manipulação
Doação
Projeto
Desejo
Missão

“Ninguém repousa enquanto estiver ansioso, ressentido, aborrecido, magoado, triste ou inseguro. Essa inquietude após o fim de mais uma jornada, vem da frustração de não termos atingido naquele dia todas as “metas” que, para os conceitos e valores da maioria das pessoas, trarão a felicidade e a paz interior.”

“Para atingir todas as metas materiais, intelectuais e afetivas, preciso competir com um monte de pessoas – tão ávidas, competentes e ansiosas quanto nós.”

“É preciso para isso, incorporar a nossa Inteligência Racional e Emocional, à Terceira inteligência, a Espiritual.”

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Políticas públicas, intervenção e reabilitação.

Atualmente, no Brasil,  existem uma grande variedade de unidades de intervenções e reabilitações, unidade básica de saúde e atenção primária, pronto-socorro, tratamento ambulatorial, centro de atenção psicossocial, hospital geral, moradias assistidas, comunidades terapêuticas, grupos de apoio, visita domiciliar motivacional, acompanhamento terapêutico. Muitas são as opções, porém, de forma fragmentada a eficácia é pouca. Em virtude disso, o diferencial e a inovação desse trabalho, partiu da observação, da falta de informação, do colapso desses sistemas e da possibilidade de dar maior autonomia ao dependente com um padrão de informação mínimo para um atendimento eficiente. Com efeito, Trazer o que está fragmentado para um ponto de entendimento centralizado, fazendo com que a informação sobre o todo facilite a compreensão das partes. Para isso, O trabalho consiste em confrontar essas informações e o quadro atual, e seus resultados fracassados, e propor uma nova possibilidade de intervenção, onde o indivíduo é visto como um todo, holístico, uno, e não fragmentado como é tratado pelas superespecializações advindas de bases etiológicas especificas.

Prevenção.

É Possível elaborar estratégias de prevenção capazes de dar uma resposta à comunidade e/ou ao indivíduo, oferecendo a oportunidade de evitar o surgimento da dependência, através da antecipação de ações que possa dar uma condição de conscientização, e em consequência disso, o  fortalecimento de defesas. Essas estratégias tem como foco, retardar ou até mesmo impedir o início do uso de substancias que alterem a condição de equilíbrio normal do indivíduo, minimizando as consequências, a intensidade e até mesmo a gravidade que decorrem do uso de tais substâncias. Abordaremos a questão da prevenção levando em consideração vários aspectos, tanto do indivíduo, quanto do ambiente  assim como do ponto de vista social, físico e emocional.

Terapias Psicologicas.

São muitas as possibilidades de tratamento do indivíduo que busca a solução do problema: Psicoterapias de grupos, redução de danos, prevenção de recaídas, terapia familiar, psicodinâmica, intervenção breve, alcoólicos anônimos – terapia dos 12 passos, psicoterapia, psicanálise, análise comportamental, etc. No entanto, todas essas alternativas deverão ser trabalhadas de forma direcionada ao perfil de cada um, respeitando a sua individualidade e seu contexto. Nesse sentido, as quantidades de ferramentas, no processo de recuperação. Assim como, a disponibilidade de cada uma dessas terapias, e a sua intensidade, dentro do tratamento, dependerá do empenho, da velocidade dos resultados a serem obtidos e do interesse no processo de reformulação de cada um. Portanto, o programa ReAnima, propõe através de seu método, de forma direta e objetiva, mecanismos que direcionam o indivíduo para uma recuperação consciente e eficaz. Certamente, a eficácia da proposta estará condicionada ao desejo individual de recuperação. Em outras palavras, o programa não é, especificamente, para quem precisa. Mas para quem quer. Sendo o querer, a chave que abre as portas da transformação. No entanto, acreditamos que aqueles que precisam de ajuda e não querem, poderão se beneficiar do programa a partir de uma abordagem específica e bem orientada.

Conceitos da dependência.

Uma relação de dependência se estabelece quando há um investimento desproporcional do sujeito sobre um objeto específico (a coisa, o outro, a droga licita ou ilícita ), de tal forma que, esse envolvimento prejudique a participação em outras esferas da vida do sujeito (laboral, afetiva, social) ” (p. 2) (MORGADO, 1985). Partindo desse conceito, pesquisamos os primeiros modelos etiológicos da dependência química, tais como:  

O modelo moral, a primeira tentativa da sociedade contemporânea de entender e controlar o uso de substancias psicoativas. 

O modelo da temperança, onde o beber excessivo não era um pecado, mas um hábito a ser desaprendido. 

O modelo da degenerescência neurológica, conceito que enfatizava sobretudo as alterações clínicas decorrentes do uso prolongado de substâncias químicas psicoativas.

O colapso dos modelos iniciais e seus desdobramentos contemporâneos: O modelo de aconselhamento confortativo, com raízes no modelo moralista. O método propunha vida comunitária rigidamente hierarquizada entre os dependentes, utilizando-se da terapia denominada “choque”. 

Os modelos biológicos, parte do aspecto orgânico na tentativa de explicar as alterações físicas e psíquicas da dependência química. 

Os modelos psicológicos focados nos indivíduos, bem como nos processos que os conduziram ao consumo desregrado de substâncias psicoativas. Também, os Modelos sociais, a terapia cognitivo-comportamental e outras técnicas desenvolvidas a partir desse referencial teórico. 

Também, os modelos espirituais como uma característica única e responsável pela ligação do indivíduo com o universo e com os outros. 

E o modelo de saúde pública correlacionando a interação entre sujeito, ambiente e substancia psicoativa para explicar a dependência.

Finalizando com o modelo denominado ecletismo informado. Reunindo os fatores biológicos, psicológicos, sociais e da própria substancia envolvidos na gênese do uso indevido de drogas.

De todos os trabalhos analisados até o momento, é o mais bem elaborado e organizado, com todas as fontes de pesquisas e citações, essencial, necessária para um bom aprofundamento no assunto sobre a etiologia das dependências psicoativas.

 

Diagnósticos da dependência.

O sucesso do tratamento da dependência de tabaco, álcool e outras drogas psicoativas vai depender de uma ampla investigação. Levando em consideração a relação do indivíduo com a droga, seu padrão de consumo, a motivação e avaliação de sua gravidade. Com o objetivo de identificar o indivíduo, seu estado de saúde, sua história clínica, seus antecedentes familiares, para então planejar uma estratégia de tratamento.

Alguns sintomas que ocorrem com mais frequência, são considerados sinalizadores de uso nocivo e/ou abusivo, portanto, problemático, do uso de substâncias psicoativas. A Organização Mundial de Saúde define uso problemático/nocivo como um padrão de uso de substâncias psicoativas e psicotrópicas que esteja causando dano à saúde, podendo ser esse de natureza física mental ou social.